Na semana passada, o senador José Sarney apresentou-se como candidato do PMDB e, mantida a lógica, assumirá nesta segunda-feira o comando do Senado. Sarney fez uma campanha de bastidores usando a mesma fórmula que marcou sua trajetória ao longo de mais de meio século de política.
Prometeu cargos aos que não têm, assumiu o compromisso de manter os cargos dos que já têm, garantiu um ambiente de tranquilidade ao governo e, ao mesmo tempo, assegurou à oposição que será um presidente independente, como se isso tudo fosse possível.
Adversário histórico de Sarney, até o senador Fernando Collor prometeu entregar seu voto e de mais sete petebistas em troca do comando da Comissão de Relações Exteriores. O PR, partido com quatro senadores, obteve o compromisso mais prosaico: a troca da frota de carros oficiais, hoje composta por Fiats Marea da década de 90.
No atacado, Sarney também garantiu que não mexerá na estrutura do Conselho de Ética - uma promessa que agrada em cheio a um colégio eleitoral no qual um quarto de seus membros responde a processos. O senador também avisou Dilma Rousseff que a apoiará na sucessão de Lula, ao mesmo tempo em que falou a José Serra, o provável candidato tucano, que não tem nada contra ele e que ainda está indeciso sobre os rumos que tomará em 2010.
Foram tantas promessas que elas acabaram se sobrepondo e criando um incidente. Na quinta-feira passada, depois de anunciar o apoio a Sarney, os tucanos voltaram atrás e se alinharam ao petista Tião Viana. Descobriram que os cargos prometidos ao partido entraram em negociações com outras bancadas. A confusão, que pode acabar criando dificuldades para o PMDB na Câmara, onde o deputado Michel Temer tinha uma eleição tranqüila, expõe o nível de preocupação institucional que orienta as decisões de uma boa parte dos nossos políticos.
Prometeu cargos aos que não têm, assumiu o compromisso de manter os cargos dos que já têm, garantiu um ambiente de tranquilidade ao governo e, ao mesmo tempo, assegurou à oposição que será um presidente independente, como se isso tudo fosse possível.
Adversário histórico de Sarney, até o senador Fernando Collor prometeu entregar seu voto e de mais sete petebistas em troca do comando da Comissão de Relações Exteriores. O PR, partido com quatro senadores, obteve o compromisso mais prosaico: a troca da frota de carros oficiais, hoje composta por Fiats Marea da década de 90.
No atacado, Sarney também garantiu que não mexerá na estrutura do Conselho de Ética - uma promessa que agrada em cheio a um colégio eleitoral no qual um quarto de seus membros responde a processos. O senador também avisou Dilma Rousseff que a apoiará na sucessão de Lula, ao mesmo tempo em que falou a José Serra, o provável candidato tucano, que não tem nada contra ele e que ainda está indeciso sobre os rumos que tomará em 2010.
Foram tantas promessas que elas acabaram se sobrepondo e criando um incidente. Na quinta-feira passada, depois de anunciar o apoio a Sarney, os tucanos voltaram atrás e se alinharam ao petista Tião Viana. Descobriram que os cargos prometidos ao partido entraram em negociações com outras bancadas. A confusão, que pode acabar criando dificuldades para o PMDB na Câmara, onde o deputado Michel Temer tinha uma eleição tranqüila, expõe o nível de preocupação institucional que orienta as decisões de uma boa parte dos nossos políticos.
Revista: Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário