Um detento identificado como Hilton Suassuna Brilhante, de 39 anos, foi morto a pisadas na manhã desta sexta-feira (30) no presídio PB-1, na praia de Jacarapé, em João Pessoa. O acusado pelo crime é Everton Leandro da Silva, 28 anos, que estaria cumprindo pena de 60 anos de reclusão.
Informações dão conta de Hilton é primo do ex-senador Ney Suassuna e que o crime pode ter conotação política.
Suassuna foi transferido na última quarta-feira (28) do Presídio Sílvio Porto, de Mangabeira, para o PB-1. Desde então, a vítima estava no isolado, onde ficam os presos recém chegados para que possam ser identificados e reconhecidos por todos os que trabalham - em sistema de rodízio - na penitenciária
Segundo informações colhidas pelo repórter Roberto Targino, do programa Correio da Manhã (98 FM), Suassuna encontrava-se aparentemente grogue, sob efeito de medicação. Sem condições de reagir, tornou-se presa fácil para o seu algoz. Everson usou os pés para tentar esmagar a cabeça de Suassuna e consumar o que seria uma vingança. Anteriormente, em outro presídio, o que foi morto teria surrado o que matou.
Entrevistada pelo Correio da Manhã, uma agente penitenciária aprovada no último concurso e que começou a trabalhar em um presídio da Capital recentemente disse que a lei dentro do presídio é "ou se corrompe ou se cala".
A agente, que não quis se identificar temendo retaliação, disse que os presídios do Estado não têm material para revistar os presos. Além disso, os agentes trabalham desarmados, enquanto os presidiários possuem armas e transitam com elas normalmente por dentro da penitenciária.
A produção do programa Correio da Manhã tentou contato com o secretário de Administração Penitenciária, Pedro Adelson, mas ele não foi encontrado. Um assessor da SAP ligou para o programa e desmentiu as denúncias da agente, mas admitiu que mais homicídios deverão ocorrer no futuro porque os presidiários ocultam as desavenças que têm uns com os outros e, na primeira oportunidade, matam o inimigo.
Esse foi o quinto homicídio no PB-1 em menos de um ano de funcionamento. Uma inspeção no presídio realizada recentemente pelo Ministério Público Federal dectetou problemas e irregularidades que ameaçam deixar o Estado fora das verbas do Fundo Penitenciário Nacional, que financiou a construção de todos presídios inaugurados no atual governo.
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