Conselho Superior do Ministério Público da Paraíba decidiu afastar das atividades ministeriais o promotor de Justiça Carlos Guilherme Santos Machado. O promotor que atuava em Cajazeiras (município do Sertão da Paraíba, a 461 quilômetros de João Pessoa) é acusado, em tese, de ter praticado crime de lesão corporal contra o irmão de sua namorada, no último domingo (dia 14). A decisão do Conselho Superior do MP foi tomada por unanimidade em uma reunião extraordinária realizada na tarde desta segunda-feira (15), no gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça, em João Pessoa.
Além do afastamento do promotor, os procuradores de Justiça que compõem o Conselho Superior do MP também deliberaram pela abertura de investigação criminal do caso. A investigação será feita por uma comissão formada por membros do Ministério Público Estadual que estão sendo indicados pela Procuradora-Geral de Justiça, Janete Ismael.
Carlos Guilherme ingressou no Ministério Público da Paraíba através do XII Concurso Público realizado em 2006 e assumiu o cargo de Promotor de Justiça Substituto em julho de 2008. Em maio deste ano, ele foi promovido para o cargo de Promotor de Justiça de 1a. entrância para a Promotoria de Justiça Cumulativa do município de Uiraúna. A posse da promoção também foi suspensa por deliberação do Conselho Superior do MP, até que as investigações sobre o caso sejam concluídas.
Entenda o caso
O promotor de Justiça Guilherme, se envolveu neste final de semana em uma confusão sem precedentes no judiciário paraibano . Ele foi acusado de praticar de lesão corporal por ter atirado contra o seu próprio cunhado.
Durante a confusão, o promotor foi responsabilizado de apontar uma arma contra a cabeça de uma criança de 9 anos portadora de Síndrome de Down.
A ocorrência, no entanto, só foi registrada na noite do domingo (14).
Segundo o irmão de uma adolescente com quem Carlos Guilherme estava mantendo um relacionamento, Patricio da Silva, 30, o promotor chegou em sua casa à Rua João Ribeiro Campos, bairro Pôr do Sol, embriagado, e após a recusa da sua irmã para sair, se revoltou e reagiu de forma ‘bestial’ e apontou uma pistola para a cabeça da criança.
A menor para proteger a criança ficou na frente da arma e foi atingida com um tiro no pé.
O promotor, que atua há um ano na cidade, negou todas as acusações e disse que apenas reagiu para tentar se defender das ameaças de Patrício.
Fonte: Portal do Vale .com
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