Oarcebispo da Paraíba, dom Aldo Pagotto, suspendeu o uso de ordem sacerdotal do padre e deputado federal Luiz Couto (PT) por declarações feitas pelo parlamentar à imprensa, em que afirmou que é contra o celibato, favorável ao uso do preservativo e que combate a intolerância e a discriminação a homossexuais, contrariando o Vaticano. O arcebispo disse que as funções do padre ficarão suspensas até que ele se retrate publicamente. “Eu espero uma retratação pública e explícita a respeito do que afirmou”, disse. Para dom Aldo, as declarações “infelizes” de Couto ferem gravemente as orientações católicas e são contrárias à orientação oficial cristã do magistério. Dom Aldo Pagotto, que deve receber o deputado para uma conversa hoje, disse que as declarações feitas por Luiz Couto estão ligadas diretamente à posição política do PT. O arcebispo revelou que o parlamentar segue a posição do partido e não o da Igreja Católica, por isso, deu as declarações “infelizes”. “Como deputado eu não tenho nada a me meter. Política partidária é assim e eu respeito embora não aceite, mas estamos em uma democracia. Enquanto padre não se pode afirmar aquilo que ele afirmou”, esclareceu.O arcebispo garantiu que chegou a ligar para o deputado, quando feita a declaração, para pedir explicações e o parlamentar como resposta disse que “essas coisas são assim mesmo”. Imediatamente dom Aldo afirmou que não era aceitável porque “na doutrina cristã católica não se pode ficar em cima do muro porque confunde a cabeça dos fieis”.Com a suspensão de Luiz Couto do uso de Ordem da circunscrição eclesiástica, o padre fica proibido de celebrar missa, batizar e de realizar casamentos. “Não se brinca com a doutrina e com os bons costumes. As declarações foram infelizes e ambíguas e até que se retrate publicamente ele está afastado temporariamente das funções sacerdotais”, afirmou dom Aldo. O deputado Luiz Couto disse que ainda não recebeu a comunicação oficial e que vai continuar a fazer celebração, excetuando as paróquias que compõem a Diocese de João Pessoa. “Como defensor dos direitos humanos, não posso ficar à margem de defender as discriminações homossexuais”, ressaltou Couto.
Fonte: jornal da paraiba
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