quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Cássio diz que fará campanha com Efraim e não cita Cícero Lucena


Em entrevista que concedeu nesta terça-feira (24), na cidade de Santa Luzia, o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), cassado em fevereiro deste ano pela Justiça Eleitoral, disse que vai percorrer todo o Estado durante a campanha ao lado do senador Efraim Morais (DEM). Em nenhum momento disse que fará campanha ao lado do senador Cícero Lucena, virtual candidato do seu partido ao Governo do Estado.


Disse Cássio Cunha Lima: “Vamos apresentar uma chapa competitiva. Estarei ao lado do senador Efraim Morais que foi meu companheiro nas duas últimas eleições. Não só ele, mas todo o partido que ele preside. Vamos percorrer essa Paraíba inteira.”


O ex-governador, que até a semana passada tinha a opinião de que as oposições devem se coligar em torno do nome de Ricardo Coutinho (PSB), nesta entrevista afirmou que está atuando dentro do partido como “um magistrado”, ouvindo todas as tendências sobre que rumo o PSDB deve tomar.


Ele comentou: “A política tem esses instantes em que dentro de um mesmo partido você tem um segmento que defende uma tese e outro que defende outra. Hoje uma parte defende candidatura própria que Cícero Lucena (PSDB) lançou, e tem direito de fazer a sua postulação, foi prefeito da Capital, vice-governador e hoje é senador”.


Segundo Cássio, embora Cícero tenha “todos os pré-requisitos, há um outro segmento que acha que a melhor estratégia é lançar um candidato único no primeiro turno. E este segmento defende aliança com Ricardo Coutinho”.


Quarto mandato

Cássio lembrou que o atual governador já governou por três vezes e não se tem notícia de que em algum outro Estado alguém governou por quatro vezes. “O poder, numa democracia, deve passar de mãos em mãos para que não seja instrumento de intolerância, de perseguição, manipulação através de convênios”.


Cássio também disse que prefeitos paraibanos que estão aderindo (ao governador José Maranhão) para salvar os seus mandatos, pela influencia que existe hoje com a presença da primeira-dama do Estado e vice-presidente do Tribunal de Justiça, Fátima Bezerra Cavalcanti. “Ainda bem que a Paraíba tem juizes e desembargadores independentes, que não permitirão a politização do Poder Judiciário”, disse.


Wellington Farias

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