sábado, 20 de dezembro de 2008

Diva esbanja simpatia em SP

Uma Madonna alegre, bem-humorada e empolgadíssima chegou a São Paulo na quinta-feira (18) para o primeiro dos três shows que ela apresenta na cidade. Em um show onde cada passo da cantora é milimetricamente coreografado, reações de surpresa, encatamento e sintonia com o público foram os ingredientes que diferenciaram este do primeiro show no Rio de Janeiro, quando a diva teve seus ataques por conta da chuva que não parava de cair e até chegou a levar um tombo no palco.

Mas de lá para cá o seu humor melhorou bastante e aquela "desconfiança" passou. O estádio do Morumbi foi o cenário escolhido pela produção de Madonna para que ela dê adeus à sua turnê "Sticky & Sweet". A despedida acontece no próximo domingo (21), mas enquanto isso o clima é de boas-vindas.
No primeiro show em São Paulo, aconteceu um atraso de 1h50, batendo o recorde do segundo show no Rio. Bom para os milhares de espectadores que às 21h30 ainda estavam nas filas de acesso ao estádio. Motivo: trânsito lento e desleixo mesmo, já que muitos deixaram para chegar de última hora por opção. Na selva de pedras, tem todo tipo de público: curiosos que ficam de braços cruzados conferindo cada detalhe, passando pelos "interessados", aqueles que cantam um refrão ou outro, até os fãs enlouquecidos, que pulam, gritam e cantam cada estrofe como um hino (incluam aí a repórter, que mal está conseguindo falar).
Músicas do novo álbum, Candy Shop, foram apresentadas. Em algumas, como "4 Minutes" e "Give It 2 Me", que são os singles promocionais, o Morumbi quase foi ao chão. Em outras, como "Spanish Lesson", muita gente ficou de fora. A exceção entre as músicas novas mais "frias" foi "She's Not Me", quando Madonna se depara no palco com travestis em figurinos que lembram fases de sua carreira e tasca um beijão em um deles. Precisa dizer que todos deliraram?
Mas foram mesmo os clássicos da diva que mais empolgaram o público: "Vogue", "Like a Virgin", que foi a escolhida por um fã que estava na área VIP, e o auge do espetáculo: o hino "Like a Prayer". Neste momento, parecia não haver barreira de idioma nem adversidade neste mundo que impedisse todos, até os "apenas curiosos", de cantar a música aos gritos. Detalhe: do começo ao fim. Impressão? O Morumbi parecia que iria desabar!
O show seguiu o seu roteiro, mas foi apimentado por alguns improvisos de Madonna e muita conversa com o público, em comparação a outras apresentações onde ela preferiu não esboçar muita simpatia. A energia fluiu intensamente. No final do show, ela repetiu a dose e vestiu a camisa da seleção brasileira presenteada pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Sorridente, brincalhona, sensual e provocante, a cantora também coroou a legião de fãs homossexuais que estava no estádio e que têm a diva como ícone. Na cidade que abriga a maior parade gay do mundo, o show foi uma celebração da diversidade sexual.
Agradando a todos, Madonna perguntou se os fãs queriam que ela retornasse ao Brasil e, como resposta, prometeu voltar, selando seu compromisso com as palavras: "desta vez eu não demorarei muito". Enquanto isso, a recepção no hotel Hyatt não foi tão calorosa como no Copacabana Palace. Um esquema de seguraça foi montado na rua do hotel mas não houve grande presença dos fãs, até porque a suite fica no vigésimo segundo andar, mesmo quarto onde ficou Bono Vox, do U2.
A diva passou a terça-feira posando para um ensaio da revista W no Hotel Glória, no Rio de Janeiro. Ela teria ficado encantada com um lustre e quis comprá-lo por preço exorbitante, segundo o fã clube oficial de Madonna. Mas a administração do hotel acabou a presenteando com o artigo decorativo, que demorou 5 horas para ser desmontado.

Fonte: Paraiba 1

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